Positivismo lógico
No devir da história da filosofia observamos muitas e diversas críticas à metafísica, desde os críticos gregos até os empiristas do século XIX: podemos citar as reflexões dos nominalistas, Hume e também Kant; que afirmou que o entendimento humano se perde em contradições quando se aventura além dos limites da experiência. Contudo, nenhuma delas foi tão radical e bem-sucedida como a promulgada pela análise lógica da linguagem que se propuseram os positivistas: o problema da metafísica não se encontra, afirmaram eles, na natureza do que podemos conhecer , como até então se afirmara – mas na natureza do que podemos dizer. Fazendo uso da lógica como método de análise da linguagem verificaram que as proposições metafísicas são pseudoproposições; ou seja, são carentes de sentido por escaparem à verificação empírica: não podemos relacioná-las a algo existente ou inexistente; violando então as regras lógicas que um enunciado deve possuir para ser realmente significativo.
Somente então através do progresso da lógica e de sua aplicação na linguagem é que podemos mencionar uma possibilidade de efetiva superação daquela que outrora fora considerada a filosofia primeira.
2) O que significa dizer que as proposições da metafisica são pseudoproposições?
Uma determinada linguagem é formada por um vocabulário e uma sintaxe – uma coleção de regras e palavras para a formação de proposições. Pseudoproposições são proposições deficientes logicamente; carentes de sentido. Os erros lógicos cometidos na formulação de pseudoproposições podem ser de duas espécies: primeiro, aplicar, em uma proposição, às palavras um significado que não é o seu original; segundo, utilizar palavras válidas significativamente mas reuni-las de modo anti-sintático de forma que não formem uma proposição com sentido. De acordo com Carnap, a metafísica em si é