posicionamento no leito
Atualmente, no Brasil estão ocorrendo várias mudanças sociais, destacando-se o acelerado processo de envelhecimento populacional, o aumento da expectativa de vida e a elevação do índice de doenças crônicas degenerativas. Lessa (1999) relata que doenças do sistema circulatório são causa isolada de mortalidade, correspondendo a 32,3% dos óbitos.
Desse grupo, as doenças cerebrovasculares (DCV) correspondem a um terço dos óbitos anuais no Brasil de 1980 a 1995.
As DCV incidem com maior frequência na idade avançada, período da vida em que se observam as maiores taxas de óbito e sequelas. Mas nos últimos anos está crescendo a incidência na população jovem, devido a condições hereditárias e ao uso de drogas ilícitas (PIRES; GAGLIARDI; GORZONI,
2004). O fato das DCV atingirem pessoas em idade produtiva tem um forte impacto econômico, representado em anos produtivos de vida perdidos, custos de hospitalização, uso de serviços de saúde e aposentadoria precoce por invalidez (BOCCHI;
ANGELO, 2005).
O acidente vascular cerebral (AVC) se caracteriza pela instalação de um déficit neurológico focal repentino e não convulsivo, determinado por uma lesão cerebral secundária a um mecanismo vascular e não traumático; ocorre quando os vasos sanguíneos cerebrais são bloqueados ou se rompem e são classificados em dois tipos: isquêmico e hemorrágico
(JOHNSTONE, 1986).
As principais sequelas apresentadas são a hemiplegia contralateral, hemianopsia, perda visual ipsilateral, afasia, disgrafia, acalculia, agnosia, distúrbios sensoriais, perda da propiocepção, hipoestesia, negligência unilateral e apraxia (ARES,
2003).
Para autores como Rocha e Mello (2004), a intervenção do terapeuta ocupacional (TO) em hospital deve promover ações que melhorem ao máximo a comunicação entre o paciente, a família e a equipe como parceiros da situação. Dessa forma, o terapeuta ocupacional estará instrumentalizando o