porque
, Essa afirmativa é encontrada no início do livro do Prof. Sírio Possenti, Por que (não) ensinar gramática na escola, e traduz a idéia principal da obra, servindo como advertência àqueles que poderiam esperar por mais um discurso inconsistente que se presta a criticar por somente criticar. Problemas graves existem, discuti-los é uma forma de manter acesa a chama da inquietação; mas discuti-los com sobriedade, sem emoções exageradas, sem usar o assunto em discussão como palanque eleitoral. O homem é um ser político por natureza, mas há ocasiões em que devemos deixar a política para os políticos e atuarmos tecnicamente na área que nos compete, avaliando as situações e propondo ações de melhoria. Assim é o livro do Prof. Possenti.
Devemos estar abertos às mudanças, que aliás são as únicas constantes no mundo moderno, estar dispostos a quebrar paradigmas para que junto com a humanidade possamos crescer. Não podemos negar os fatos que nos cercam; como profissionais, temos a obrigação de constatar que a língua é um instrumento vivo e em evolução, não devemos simplesmente seguir um padrão estabelecido em um contexto distinto do atual, fingindo que aquele ainda prevalece. Portanto, creio que dentre muitas e árduas tarefas, temos que elaborar novas metodologias de ensino-aprendizagem e testá-las com alunos. Nesse ponto, discordo do Prof. Possenti que se coloca contrário a realização de experiências com alunos, pois se fracassadas refletiriam na vida de seres humanos. Não vejo outra forma de efetivamente testar novas metodologias a não ser em sala de aula e com alunos. É arriscado sim, mas necessário, senão deixaremos a discussão ficar somente no campo teórico, sem obter dados práticos e verdadeiros.
É muito bem colocado pelo Prof. Possenti que não há línguas fáceis ou difíceis, mais