Por uma vida melhor
Tendo em vista os conhecimentos obtidos na disciplina de linguística tentarei a medida do possível, expor de forma simples e objetiva minha opinião sobre o assunto.
O livro “Por uma Vida Melhor” da professora Heloísa Ramos, recentemente adotado pelo MEC para o programa de Educação para Jovens e Adultos causou polêmica no país ao adotar uma nova maneira de ensinar a língua portuguesa.
No meu entendimento, a autora do livro procurou ensinar a norma culta da língua valorizando a linguagem natural para facilitar o aprendizado e aproximar a escola da realidade do aluno. Porém acabou sendo alvo de críticas de vários segmentos da sociedade, em especial dos conservadores, que ao repudiarem tal ato reforçaram a ideia de que a língua deve permanecer arbitrária e que a linguagem popular não deve ser mencionada na escola.
Essa discussão acabou assumindo um caráter político, haja vista o MEC pertencer ao governo, o que gerou questionamentos sobre a política educacional vigente no Brasil. Acredito que tenha atingido proporções superiores à Reforma Ortográfica da Língua Portuguesa prevista para entrar em vigor no ano de 2012.
Além disso, creio que as acusações à autora foram um pouco precipitadas, e em grande maioria partiram de pessoas que se dedicaram apenas ao capítulo em questão esquecendo de analisar toda a obra e tentar compreender o objetivo real de Heloísa Ramos.
Concordo com a metodologia usada pela professora, acho que a língua deve ser usada de forma a integrar os alunos à sociedade, mas é preciso saber que há diferença entre a língua falada e a escrita.
Na realidade, vejo na adoção desse livro a demonstração de evolução no ensino da língua portuguesa e considero as críticas ao livro como um processo necessário para melhorar os procedimentos de ensino-aprendizagem. Afinal, mesmo sendo alvo de forte censura a referida obra trouxe a temática do ensino da língua respeitando as