Livro por uma vida melhor
“Há sim viés ideológico. Deve-se excluir as editoras de qualquer responsabilidade nisso, a responsabilidade é dos autores e dos responsáveis pela seleção e aprovação do conteúdo. É uma realidade que cabe ao ministério enfrentar. É inevitável constatar que há parcialidade”, criticou o senador Álvaro Dias (PSDB-PR).
O senador Cyro Miranda (PSDB-GO) afirmou que as obras ferem os princípios constitucionais porque fazem “doutrinação política e ideológica”.
Os parlamentares também pediram explicações sobre a polêmica sobre um livro didático de educação de jovens e adultos (EJA) que admite o uso da norma popular da língua portuguesa. No texto, a autora da obra Por uma Vida Melhor afirma que os alunos podem falar do “jeito errado”, mas devem atentar ao uso da norma culta, cujas regras precisam ser dominadas.
Haddad afirmou que diversas entidades da área educacional defenderam a obra que, segundo ele, considera a realidade dos alunos adultos que estão retornando à escola para aprender a norma culta. Para ele, os que criticaram o livro não leram todo o conteúdo do capítulo e apenas analisaram frases fora do contexto.
“Sou filho de imigrantes libaneses que nunca pisaram na escola e eu entendo perfeitamente a abordagem pedagógica da autora. Quando o adulto volta para a escola ele traz vícios naturais [da fala popular] e o livro o convida a traduzir essa linguagem para a norma culta, esse é o papel do educador. A partir do contexto, da situação de fala, [cabe a ele]