Por que (não) ensinar gramática
A língua é um organismo vivo, dinâmica, constante e, por isso, sofre variações de acordo com as mudanças históricas e político-sociais. Não há, portanto, como relevar essa condição da linguagem que a cada momento enriquece e ganha novas formas, variações, neologismos, que os falantes a atribuem para facilitar a comunicação entre emissor e receptor.
Porém, sabendo-se do valor que tem a educação para uma sociedade, podemos destacar que o ensino da língua é primordial para universalizar a aprendizagem com objetivo de comportar as demandas que a própria sociedade se encarrega de exigir conforme as conveniências que o mundo globalizado impõe.
Um ponto de embate na aprendizagem é a distinção da norma culta da língua com as suas variações orais e causam um “desconforto” para os educadores que não sabem transmitir o ensino da norma culta e, ao mesmo tempo, abordar as variações lingüísticas sendo que todas têm suas importâncias.
O uso da gramática normativa é mais ensinado entre as escolas porque estuda a norma culta da língua baseando-se, geralmente, na língua escrita e dá menos importância aos contextos diferentes que os falantes podem apresentar. O seu uso é focado para um ambiente mais formal, pois é baseada em regras para a “utilização correta do idioma” tanto oral quanto escrito.
Já a gramática descritiva descreve cada variedade em um período de tempo específico, observa a língua e descreve a estrutura gramatical da fala desses falantes. Não interfere.
Com a elaboração dos Parâmetros Curriculares Nacionais – PCN´S (1998) - proposta do Ministério da Educação para a eficiência da educação nas escolas brasileiras que está de acordo com o disposto no artigo 26 da Lei de Diretrizes e Bases da Educação Nacional que nos diz:
“ os currículos do ensino fundamental e médio devem ter uma base comum, a ser complementada, em cada sistema de ensino e estabelecimento escolar, por uma parte diversificada, exigida pelas