População em Situação de Rua
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Trabalhando há quase dois anos na abordagem e no atendimento à população em situação de rua e população que está na rua, podemos perceber que o trabalho passou por vários focos diferentes de atuação. Mas neste momento queremos refletir aqui um outro enfoque, o que foi percebido nesse tempo todo em relação ao público alvo. O que buscaram e buscam no serviço, nos diferentes momentos. Esta população, estes seres humanos sob suas diferentes formas de discurso, buscam um lugar que possam ser atendidos com dignidade, com respeito e com direitos que todo ser merece ser recebido. Como sabemos são histórias diversas e com estas singularidades algumas se bifurcam e estes pontos em comum nos fazem refletir cada vez mais como profissionais o nosso lugar no atendimento a esta população. Após um pequeno percurso, foi possível situar mais precisamente o tema a investigar, aparentemente capaz de trazer relevantes subsídios teóricos que, uma vez articulados à prática nos fazem refletir sobre o que fizemos até aqui, o que estamos fazendo e o que ainda poderemos fazer.
Primeiramente encontramos o fenômeno da situação de rua, o que isto quer dizer, os que se dizem moradores de rua, ou até em alguns casos, estão nas ruas e na maioria das vezes identificamos e podemos dizer por opção própria, enfim, que seja, mas nos deparamos com discursos diversos, verdadeiros ou não, como meio de sobrevivência. Sobrevivência nas ruas e nos diferentes espaços em que transitam (saúde, assistência,etc,).
O que nos move a investigar cada vez mais o que encontramos diariamente, e aí vemos cada vez mais a associação com as toxicomanias e a doença mental. Não é somente a falta de um lugar ou a falta de higiene ou alimentação, nos deparamos com a falta de perspectiva geral, falta do que se chama projeto de vida.
E por que nos intriga? Abre-se uma lacuna em toda a rede de atendimento, como também na sociedade em geral, que por vezes os enxerga ou não enxerga, dependendo da situação causando mal