Ponto de Mutação- análise
I. Analise os pressupostos do paradigma tradicional (ciência clássica) explicitados no filme? Utilize texto Maria José Esteves, capítulo 3/ “Delineando o paradigma tradicional da ciência” do livro Pensamento Sistêmico.
O filme “Ponto de Mutação” apresenta já no início, sobre o paradigma tradicional, explicitando desde seus primórdios, citando Descartes, como o momento em que a física discute sobre a visão mecanicista de mundo. Ela apresenta que existe a visão do mundo como uma máquina, como um relógio, sendo que ampliaram esse funcionamento também para os seres humanos. Cita, por exemplo, que pode-se até “consertar uma parte, mas ela se quebra porque você ignorou o que se conecta à ela”. Dessa forma, como é proposto pela autora Maria José Esteves, as discussões que se desenrolam acabam propondo que não seja feita mais essa separação do fato e de seu contexto. Por isso devemos considerar tudo que se conecta a esse fato. Seria necessário rotular e classificar de forma que não impeça uma interlocução de áreas e pensamentos, por isso é citado que é necessário mudar tudo: os ideais, as instituições, os valores. A questão da objetividade também é claramente demonstrada durante o filme, que discute sobre a visão do cientista como se estivesse fora do mundo. Além disso, a concepção dos políticos como mecanicistas, também é interessante destacar pelo fato de considerar que eles acabam levando em consideração o mundo como máquina, reforçando ideias como a desigualdade, mesmo que de forma inconsciente. É necessário que considerem que a essência do mundo está nas relações, como é possível observar nas discussões no filme. Entende-se, então, que são necessárias mudanças radicais de modo a promover uma melhora em relação a problemas típicos, como a desigualdade, a questão ambiental e até mesmo em relação à violência. A proposta seria enxergar o mundo como uma totalidade, sendo necessário, portanto, romper com as bases dessa ciência