Análise dos filmes ponto de mutação e o palhaço
Ponto de Mutação (1990) – Baseado do livro homônimo de Fritjot Capra (1982). Direção de Bernt Capra
O Palhaço – (2011) – Roteiro de Selton Mello e Marcelo Vindicato. Direção de Selton Mello.
A análise proposta deve ser feita com base nos pressupostos teóricos e filosóficos que fundamentam a disciplina Psicologia da Personalidade II, quais sejam, o humanismo, o existencialismo e a fenomenologia. Pretendo realizar este trabalho em três etapas. Na primeira farei a análise do filme “Ponto de Mutação” e na segunda, a do filme “O palhaço”. Em ambas procurarei ressaltar os aspectos dos filmes pertinentes à análise aqui proposta, discutindo-as à luz dos pressupostos humanistas, existencialistas e fenomenológicos. Por último farei a confluência das análises, procurando concluir minha crítica. Para começar a análise do filme Ponto de Mutação, quero arriscar o neologismo “metafilme”. Pensei em “metafilme” como sendo uma produção cuja própria trama expressa seu conteúdo. Observei que a trama sugere um “acaso quântico” ao articular o encontro de três forasteiros numa ilha francesa, o que resulta na incomum triade ‘poesia-política-ciência’. Reúne Thomas Harrimann, um poeta angustiado com o sentido da vida humana; Jack Edwards, um político liberal em crise por ter perdido as eleições para presidente dos EUA, e Sonia Hoffmann, uma física frustrada por ver suas experiências serem utilizadas por militares, para fins destrutivos. Os personagens passam a discutir questões relacionadas a física, ecologia, econômia, política, filosofia, psicologia, dentre outros, a partir de seus diferentes pontos de vista, que são próximos e ao mesmo tempo distantes entre si. Ocorreu-me então a ideia de “metafilme”, pois constatei que o objetivo daquele “encontro casual” era, em última instância, discutir os diversos aspectos que envolvem a existência humana, à luz da Física Quântica e da visão Sistêmica, teorias que defendem a ideia de que absolutamente nada no