Doze homens e uma sentença
O filme “Doze homens e uma sentença” retrata um julgamento em que o réu é acusado de ter matado o próprio pai e pode ser sentenciado à pena de morte. A história se passa na sala do júri, onde os jurados trocam informações e opiniões sobre o caso até chegarem ao veredicto final.
O filme retrata, de uma maneira diferente, uma das concepções da Psicologia: as Representações Sociais. Esta teoria fala sobre como um grupo de pessoas elabora um conjunto de informações características de seus integrantes, baseando-se em seus costumes e cultura. De acordo com Strey et al. (1998), representações sociais são teorias sobre saberes populares e do senso comum, elaboradas e partilhadas coletivamente, com a finalidade de construir e interpretar o real. Assim, a representação social dá significado e contextualiza o que é por vezes desconhecido ou pouco conhecido.
No início da história, cada jurado apresenta sua própria opinião sobre o caso, em que onze entre os doze integrantes do júri considera o acusado como culpado. Esta opinião foi devida à vontade de os jurados desejarem finalizar o assunto rapidamente, e voltarem às suas atividades comuns. Sendo assim, aquele que discordou do grupo gerou insatisfações.
Entretanto, este integrante com a opinião divergente começou a apresentar suas visões sobre o caso, colocando ressalvas em todas as provas mostradas contra o réu, mas sempre deixando claro que não acreditava que o acusado fosse inocente, apenas não estava certo de sua culpa. Pouco a pouco, os demais jurados foram concordando com as novas teorias apresentadas e agregavam novas informações, o que chamava a atenção dos outros presentes. No momento em que as opiniões estavam divididas igualmente, seis a favor e seis contra, ao lado daquele que discordou estavam os ‘excluídos’ da sociedade, como o idoso, o estrangeiro e o morador de favela. Este fato revela uma realidade