Doze homens e uma sentença
O filme se passa, quase todo tempo, dentro de uma sala de jurados, onde doze homens terão que decidir se um jovem de 18 anos, que é o principal suspeito de assassinar o próprio pai com um canivete, será condenado ou não. Esse rapaz perdeu a mãe aos nove anos de idade, passou anos sendo maltratado pelo pai, vivendo em um cortiço e em um orfanato. O fator mais importante é que a decisão deve ser unânime, pois se considerado culpado a sentença de morte aplicada será incontestável.
Apenas um dos jurados é a favor da inocência do jovem e os outros onze, a princípio, parecem ter suas opiniões claras e imutáveis sobre o fato. Davis, o jurado que não acredita na culpa do réu, era o que mais prestava atenção nas falas e usava os próprios argumentos de seus companheiros contra eles, tentando de alguma forma provar que eles ainda estavam indecisos. Os argumentos utilizados por Davis rebatem a forma de pensar dos outros jurados. O filme seria pobre e cansativo se não fosse os conflitos de temperamentos e personalidades diferenciados dos jurados. As ações dos indivíduos em debate é que proporcionam a movimentação do filme e dos fatos discutidos nas cenas. De acordo com Abreu (2001, p. 25) “Persuadir é construir no terreno das emoções, é sensibilizar o outro para agir. Quando persuadimos alguém, esse alguém realiza algo que desejamos que ele realize”.
Argumentar é a arte de convencer e persuadir, e podemos fazer as comparações mencionando algumas técnicas argumentativas localizadas no livro de Antônio Suárez Abreu:
Compatibilidade e incompatibilidade ocorrem quando o argumentador demonstra que a tese de adesão inicial é compatível ou incompatível com a tese principal. Esse argumento é utilizado no momento que o jurado diz que o jovem pode