Pombal e a expulsão dos jesuitas
Durante muito tempo o ouro do Brasil sustentou o luxo e o esbanjamento da corte de dom João V. Construíram-se igrejas, conventos e palácios e a nobreza portuguesa vivia como se este ouro nunca mais fosse terminar.
Quando, em 1750, o rei dom João V morreu, Portugal encontrava-se em grave crise econômica. Era um país atrasado em relação às duas grandes potências européias, França e Inglaterra. Além disso, encontrava-se em profunda dependência da Inglaterra, que em decorrência do Tratado de Methuen, de 1703, havia praticamente impedido o desenvolvimento da indústria manufatureira em Portugal, pois o obrigava a comprar quase tudo desse país. Assim, a maior parte dos lucros obtidos na colônia era transferida para os cofres ingleses.
O novo rei, dom José I (1750-1777), nomeou como primeiro-ministro Sebastião de Carvalho e Melo, o futuro Marquês de Pombal, que durante 27 anos comandou a política e a economia portuguesa. Ele reorganizou o Estado, protegeu os grandes empresários, criando as companhias monopolistas de comércio. Combateu tanto os nobres quanto o clero e reprimiu igualmente as manifestações populares, como na revolta contra a Companhia das Vinhas, no Porto, em 1757.
O terremoto que destruiu Lisboa, no final de 1755, fez com que o marquês de Pombal recebesse do rei mais poderes para reconstruir a cidade e a economia do país, que estava à beira da falência.
A colônia era peça importante na política econômica de Pombal. Além da criação das companhias de comércio, que, privilegiadas pelo monopólio, tinham liberdade de taxar os preços de compra e venda dos produtos, houve o aumento da cobrança de impostos, na região das Minas, onde foram criadas as casas de fundição e fixadas quotas anuais de produção de ouro.
Em conformidade com uma política de consolidação do domínio português no Brasil, Pombal consolidou o Tratado de Madrid, que ampliava as fronteiras, tanto no Norte quanto no Sul, entrando em confronto direto com as