Política no Brasil
Em março deste ano, os policiais fizeram uma série de prisões contra suspeitos de atuar no mercado clandestino de câmbio com origem em corrupção e desvios de recursos públicos. Entre os 12 detidos na operação Lava Jato, estavam o ex-diretor de abastecimento da Petrobras, o engenheiro Paulo Roberto Costa, e o doleiro Alberto Youssef.
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PT, PP e PMDB, partidos aliados ao Governo de Lula e de Dilma Rousseff indicavam os diretores da Petrobras. Entre eles, estavam Paulo Roberto Costa (Abastecimento), Nestor Cerveró (Internacional), Renato Duque (Serviços) e outros que passaram pelas diretorias de Exploração e Gás. Segundo as investigações, Costa, Cerveró e Duque recebiam propinas de 1% a 3% do valor de cada contrato de novas obras firmado com a Petrobras. Parte desse dinheiro ilegal era repassado aos partidos envolvidos no esquema. Havia alguns intermediadores, como Youssef.
Exemplo da propina.
De acordo com as apurações baseadas no depoimento de Youssef, a refinaria de Abreu e Lima, no Pernambuco, custou 3,48 bilhões de reais. Foram pagos 68 milhões de reais em propinas, metade para o PT e metade para o PP. 14 empresas são suspeitas de participarem do esquema. A suspeita é que tenha sido desviado até 10 bilhões de reais.
Por que Costa e Youssef resolveram colaborar com a Justiça?
Ambos se valeram do instrumento da delação premiada, quando ao passar informações relevantes aos investigadores, podem ter a pena reduzida. Os advogados de Costa disseram que ele decidiu colaborar depois que notou que sua pena poderia ser superior ao do operador do mensalão, Marcos Valério, que pegou 40 anos de prisão.
O que os envolvidos alegam?
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