Política no Brasil
Anos 50:
Nos anos 50 vivemos os governos de Getúlio Vargas e de Juscelino Kubitschek, os quais, em linhas gerais, fomentaram o processo de industrialização nacional pela substituição de importações (iniciado por Vargas); pela abertura ao capital externo para investimento; pelo planejamento estratégico (como no caso de JK.); pela construção de uma infraestrutura como rodovias, hidroelétricas, aeroportos; pela promoção da indústria de base e de produção de bens de capitais, fundamentais para produção nacional:
Nas eleições presidenciais de outubro de 1950, com o apoio do Partido Social Progressista (PSP) e de setores dissidentes do Partido Social Democráticos (PSD), Getúlio Vargas concorre pelo Partido Trabalhista Brasileiro (PTB) e se elege com quase 50% dos votos, derrotando Eduardo Gomes. Seu novo governo, que se inicia em 31 de janeiro de 1951, é marcado pela mesma orientação nacionalista e populista do anterior (1930-1945), com o Estado exercendo papel central na economia e se apoiando nas classes populares. Vargas controla a economia, promove a indústria nacional, restringe a entrada e saída do capital estrangeiro e aumenta o salário mínimo substantivamente. Em dezembro de 1951, envia ao Congresso projeto estabelecendo o monopólio estatal do petróleo e criando a Petrobras; a proposta acirra a polêmica e então já longa campanha popular "O petróleo é nosso" e começa uma batalha parlamentar de 23 meses, até finalmente ser aprovada. Em junho de 1953, nomeia João Goulart ministro do Trabalho, e este adota uma política de alianças com as lideranças sindicais em apoio ao governo. Vargas depara com a resistência de grupos ligados ao capital internacional e é duramente combatido pela UDN e pela imprensa, em especial pelo jornalista Carlos Lacerda. Esses últimos, além de fazerem seguidas denúncias de casos de corrupção, acusam-no de tramar um golpe visando implantar no País uma república sindicalista. Os embates vão se acalorando até que, em 5 de