política dos alimentos transgênicos
Transgênicos na estratégia alimentar do Brasil
Algumas estimativas falam em 30 milhões de pessoas e outras, em 44 milhões de pessoas que passam fome no Brasil. São números que representam pelo menos 25% da população brasileira que vivem à margem de uma alimentação adequada com sérios distúrbios nutricionais. Mesmo com medidas paliativas de relativo alcance social, como o bolsa-escola ou a criação do fundo de pobreza, a realidade social do País exige ação mais ousada, criativa e abrangente de políticas econômicas que efetivamente mudem o status quo vigente. Como fazer e com que recursos, em que horizonte de tempo e com quem fazer são questões cruciais que só o debate acalorado, consciente e responsável tende a indicar a melhor estratégia socialmente viável dentro das limitações gerais do País. O transgênico é solução para o problema da fome no Brasil como alardeiam as mensagens dos ufanistas das empresas interessadas? Envolvem até um antigo prêmio nobel da paz, na crença de que ele não só vai resolver o problema da fome como é a única arma disponível para fazer frente ao crescimento populacional.
Mas, ressalte-se, será que é isto mesmo? A fome castiga milhões de pessoas no Brasil, nos campos e nas cidades. O paradoxo é que existe fome mesmo nos centros ricos, tecnologicamente avançados, com agricultura diversificada e de certa produtividade, como em São Paulo e
Paraná. Como pode o Brasil com uma produção de mais de 90 milhões de toneladas ter uma população faminta de 30 milhões de pessoas?
Tem-se comida até para exportar mas não se tem para mitigar a fome de nossos irmão desfavorecidos. Para fazer frente a esse problema, uma proposta intitulada Fome Zero preconiza várias alternativas de equacionamento: agilização da reforma agrária, ampliação do programa de alimentação ao trabalhador, expansão da previdência social não contributiva e cupom de alimentação, entre algumas medidas que visam sempre o