Política como vocação (direito constitucional)
O conceito de política utilizado para compreensão do texto de Weber é “a direção do agrupamento político hoje denominado “Estado” ou a influência que se exerce nesse sentido.”
Nesse segundo ensaio o autor trata da inclinação ao mundo da política, como aptidão pessoal ou mesmo trabalhar com ela, afastando-a da ciência. “Todo Estado se funda na força”, assim como disse Trotsky a Brest-Litovsk, o que mostra que pessoas ao tomarem o poder dominam os governados. E muitas vezes essa dominação se alimenta através da violência legitima oriunda do consentimento popular, existindo assim três tipos de legitimação, que segundo Weber são:
1- A exercida pelo Patriarca, sendo “a autoridade do “passado eterno”, ou seja, dos costumes santificados pela validez imemorial e pelo hábito, enraizado nos homens, de respeitá-los.”
2- A exercida pelo individuo carismático, o “político “por vocação””, onde se verifica “devoção e confiança estritamente pessoais depositadas em alguém que se singulariza por qualidades prodigiosas, por heroísmo ou por outras qualidades exemplares que dele fazem o chefe.”, vale lembrar que” a ele se dá obediência não por costume ou devido a uma lei, mas porque neles se deposita fé.”.
3- A exercida pelo político eleito, por meio da legalidade, “em razão da crença na validez de um estatuto legal e de uma “competência” positiva, fundada em regras racionalmente estabelecidas ou, em outros termos, a autoridade fundada na obediência, que reconhece obrigações conformes ao estatuto estabelecido.”.
Como citado acima à legitimação se dá pela tradição, carisma ou legalidade. No entanto o autor explicita que essa legitimação não é pura, podendo uma se equiparar com a outra em certos aspectos. In totum a que mais se aproxima, segundo a obra, da idéia de “vocação” é a legitimação carismática.
A obediência é determinada pelo medo e pela esperança. E o líder é respeitado por seus seguidores que se dedicam a suas vontades pela sua figura e por