POLITICAS PUBLICAS
A avaliação psicológica é uma prática exclusiva do profissional de Psicologia e historicamente contribuiu para a inserção profissional nos diferentes contextos de atuação. Assim, embora sua importância já tenha sido devidamente reconhecida, como em qualquer outra área de conhecimento, seus avanços são necessários principalmente quanto à importância da qualidade de seus serviços. Adicionalmente, pode-se refletir também sobre a garantia dos direitos dos cidadãos e dos cuidados éticos e técnicos dos profissionais no que tange aos processos de avaliação e aos documentos deles decorrentes.
A atuação do psicólogo no âmbito da Assistência Social pode ser considerada recente no Brasil. Apesar de relevante e de se constituir como uma ampliação necessária do campo profissional para um envolvimento mais direto com as questões sociais, essa realidade ainda impõe inúmeros desafios e problemas aos profissionais.
Em um cenário de profundas desigualdades sociais que se revelam de modo contundente no cotidiano do sistema público, o trabalho dos psicólogos, apesar dos esforços, confirma o quanto a psicologia, como ciência e profissão, manteve um distanciamento histórico das questões sociais considerando as individuais como mais centrais (Martín-Baró, 1997). Bock pontuou as contradições no desenvolvimento da Psicologia enquanto profissão:
E é importante registrar que, ao lado de toda uma prática e de um conhecimento 'diferenciador' e que via o homem de forma muito simplificada, a-histórica, no qual o aspecto social era, na maior parte das vezes, relegado a segundo ou último plano, convivia um conhecimento crítico que concebia o homem e o fenômeno psicológico como indissociáveis do processo de socialização (Bock, 1999, p. 319)
Refletir sobre a prática profissional do psicólogo implica uma análise da inserção da Psicologia no campo da Assistência Social, contextualizando o momento atual de implementação do Sistema Único de Assistência Social (SUAS) e do movimento de