A propaganda na indústria farmacêutica
Os modernos meios terapêuticos realmente contribuíram para o prolongamento da vida média, influenciando notavelmente a composição demográfica da população. Entretanto, se por um lado os medicamentos melhoraram a saúde, por outro lado causaram grandes tragédias (SATO, 2002).
Em 2009, ano do último registro de intoxicações publicado pelo SINITOX - Sistema Nacional de Informações Toxico Farmacológicas da FIOCRUZ, os medicamentos ocupam o primeiro lugar entre os principais agentes que causaram intoxicações humanas em nosso país.
Desde 1996 esse comportamento vem se apresentando (SINITOX, 2011). “A extensão do consumo de fármacos torna cada vez mais difícil se avaliar até onde prevalece a exigência estritamente voltada para o controle de enfermidades e começa a pressão mercadológica da indústria” (NASCIMENTO, 2003, p.17).
Segundo SATO, 2002: Não se pode perder de vista, porém, que o medicamento, por ser produto essencial à vida, à saúde, não pode ser reduzido à mercadoria, em que pese a realidade aponte para sua transformação em bem de consumo qualquer. O medicamento integra o sistema de assistência à saúde e, como tal, deve ser toda a sua cadeia produtiva, incluindo-se a divulgação e comercialização, rigorosamente regulamentada e fiscalizada (p. 93)
Com a finalidade de regulamentar propagandas, mensagens publicitárias e promocionais e outras práticas cujo objetivo seja a divulgação, promoção ou comercialização de medicamentos de produção nacionais ou importados, a ANVISA – Agência Nacional de Vigilância Sanitária