politica e educação
PRIMEIRAS PALAVRAS Isto não significa que o correto seja ‘’perambular’’ irresponsavelmente, receoso de afirma. Significa reconhecer o caráter histórico de minha certeza. A historicidade do conhecimento, a sua natureza de processo em permanente devir. Certezas ontológicas, social e historicamente fundadas. Por isso é que a preocupação com a natureza humana se acha tão presente em minhas reflexões. Com a natureza humana constituindo-se na História mesma e não antes ou fora dela, E historicamente que o ser humano veio virando o que vem sendo: não apenas um finito, inconcluso, inserido num permanente movimento de busca, mas um ser consciente de sua finitude. Um ser que, vocacionado para ser mais pode, historicamente, porém, perder seu endereço e, distorcendo sua vocação, desumanizer-se. A desumanização, por isso mesmo, não é vocação mais distorção da vocação para o ser mais. Por isso, digo, num dos textos desde volume, que toda prática, pedagógica ou não, que trabalhe contra este núcleo da natureza humana é imoral. Para que os seres humanos se movam no tempo e no espaço no cumprimento de sua vocação, na realização de seus destinos, obviamente não no sentido comum da palavra, como algo a que se está fadado, como sina inexorável, é preciso que se envolvam permanentemente no domínio político, refazendo sempre as estruturas sociais, econômicas, em que se dão as relações de poder e se geram as ideologias. A vocação para ser mais, enquanto expressão da natureza humana fazendo-se na História precisa de condições concretas sem as quais a vocação se distorce. Faz parte ainda e necessariamente na natureza humana que tenhamos nos tornado este corpo consciente que estamos sendo. Este corpo em cuja prática com outros corpos, na experiência social, se tornou capaz de produzir socialmente a linguagem, de mudar a qualidade da curiosidade que, tendo nascido com a vida, se aprimora e se aprofunda com a existência humana. O que significou mudar também a