Resumo Civil

Dança de Rua: entre o lazer e os projetos sociais

Ana Flávia Afonso Gonçalves1
Cristiana Oliveira Mulina2

Resumo:
Artigo formulado a partir de pesquisa de campo onde foi realizada uma entrevista pré-formulada a integrantes de grupos de Dança de Rua na cidade de Uberlândia em seus respectivos locas de ensaio. Este estudo apresentou um caráter etnográfico, com observação e escuta de relatos dos jovens no qual foi observado que ambos os grupos realizavam atividades que combinavam simultaneamente propostas de lazer, ações que auxiliavam na construção de sua identidade e oportunidades de não inserção em um meio de marginalidade.

Palavras-Chave: Dança de Rua, responsabilidade social, juventude

1. CULTURA HIP HOP

O Hip Hop nasceu nos primórdios dos anos 70 de uma mistura de culturas e raças afro-americanas, porto-riquenhas e jamaicanas que conviviam na pobreza e marginalidade, quando gangues representavam a violência entre os bairros menos favorecidos.
Surgiu como uma alternativa da juventude criar uma nova identidade, como novo estilo de se vestir, falar, entre outros e estabelecendo um grupo de pessoas com interesses comuns.
Nestes bairros sua população era essencialmente habitada por jamaicanos. Por lá, existiam festas que eram realizadas nas ruas com carros de som possantes e equipamentos sonoros que foram levados aos bairros americanos por meio do Dj Kool Herc3,considerado pai do Hip Hop.
Com o tempo as gangues viram naquela forma de arte uma possibilidade de canalizar sua raiva e transformar em passos de dança ao invés de se usar armas.
Na cultura Hip Hop é encontrados seis pilares que a constituem:
DJ: operadores de disco responsáveis pela criação das bases rítmicas nas quais se articulam outros elementos;
Rap: ritmo musical que tem como característica principal a produção de rimas;
Beat Box: compreende- se na arte de imitar sons realizados por Dj’s com a voz, a boca e a cavidade nasal;
MC (mestre de cerimônia): tem como função