Poder e Cultura

Ensaio sobre a noção de podem em Michel Foucault

Segundo o autor Washington Luiz Souza em seu texto “Ensaio sobre a noção de poder em Michel Foucault”, podemos afirmar que a proposta de análise de poder não poderia ser identificada como uma teoria geral do poder, mas sim levar em conta o fato que durante a sua vida Foucault recusou encarar o poder como entidade retificada. Essas constatações encontram respaldo quando Foucault diz que o poder não existe como algo unitário e global, mas sim formas díspares, heterogêneas e em constante transformação. Ele diz que o poder não é um objeto natural, e sim uma prática social construída historicamente.
A proposta de Foucault não procura interrogar o poder a respeito de sua origem, seus princípios ou limites, mas de estudar procedimentos e técnicas utilizadas em diferentes contextos institucionais para agir sobre o comportamento dos indivíduos tomados isoladamente ou em grupos, para formar, dirigir e modificar sua maneira de portar-se. Dreyfus e Rabinow e concordância com Foucault apontam que as relações de poder são desiguais e móveis, que seu funcionamento só é possível mediante as desigualdades e assimetrias, que elas são intencionais e não subjetivas e que alem disso é uma operação de tecnologias políticas através do corpo social, que é uma matriz de forças em determinado contexto histórico e é exercido sobre dominantes e dominados.
Para Foucault o poder não é uma posse e sim um exercício, preocupando-se com o surgimento das instituições como o Estado, famílias, escolas e outras. Para Foucault, há um “micropoder”, e que todos estes se unem em “microesferas”, que exercendo o poder sobre os indivíduos, interferindo na sua autonomia, tornando-os mansos, subexistentes.
A Filosofia política do século XVIII dizia que o problema do poder era pensado a partir da proposta da articulação de forma ou mecanismos legais, jurídicos, na busca de conter os excessos e abusos de poder. Lembrando que esta concepção partia da noção de