Poder, politica e estado.
O conceito de poder varia no tempo e em função da corrente de pensamento abordada pelos diferentes autores. Considerando que o poder reside na capacidade de fazer triunfar uma vontade, ele consiste em senso geral em uma possibilidade de dispor de mediações psíquicas dentro de meios presentes para obter qualquer objetivo. A evidência, a capacidade de fazer triunfar uma vontade associa-se a algumas situações efetivas de exercer o poder. Qualquer que seja seu domínio, político e social. A noção de poder se pluraliza também em um campo diversificado com conotações de múltiplas acepções.
Vamos fazer breves reflexões sobre algumas conceituações de poder e dominação, inspirando-se nas definições segundo Weber (1963), Foucault (1990), Bourdieu (1984) e Perrot (1998). Destacando alguns pontos destes conceitos relacionando as questões de gênero e os fatores que permitem o exercício deste poder e de estratégias, e suas repercussões na participação política, sobretudo no que tange as desigualdades de gênero.
Vários autores trataram deste tema. Cada um deles entendeu o poder de uma maneira mais peculiar. À definição dada por adeptos do pensamento marxista chama de poder a “capacidade de uma classe social de realizar os seus interesses e objetivos específicos”. Weber abordou a noção de poder do ponto de vista da interação, como também do ponto de vista da agregação. Em termos de interação, o poder é uma relação assimétrica entre pelo menos dois atores. Para Weber( 1963), existem três fundamentos de poder.
Como todos os agrupamentos políticos que se procederam historicamente, o Estado consiste em uma relação de dominação de individuo sobre indivíduos, fundada sobre os meios de uma violência legítima (quer dizer sobre a violência que é considerada como legítima). O Estado não pode existir senão com a condição de que os indivíduos dominados se submetem a autoridade reivindicada cada vez pelos dominadores. As questões