Poder Legislativo
A onda de denúncias que se abate sobre o Congresso Nacional envolvendo a maioria dos partidos, agora com a CPI dos Sanguessuga, remete a todos escolados ou não em política terem que admitir estar boa parte dos atuais problemas originados na facilidade e participação de senadores e deputados federais na elaboração e acesso às emendas (recursos) parlamentares.
Há, como se prova, uma atrofia processual quando permite que a função principal de um deputado ou senador, que é legislar propor, criar leis, defender o povo ou seu Estado seja substituída por envolvimentos com emenda$ gerando as deformações agora conhecidas.
Antes de mais nada, justiça seja feita, nem todos os que apresentaram emendas são corruptos, mas parte deles está comprometida, sim, com a anomalia.
Se reparar bem direito, nos últimos tempos o artifício de indicar emenda$ gerou no Congresso Nacional a cultura paralela de se querer interferir no processo como se o parlamentar estivesse na condição de Executivo sem ser, ora através dos recursos municipais ora do próprio Estado.
Não é à toa e já dá para comprovar tanto do que se dizia nos bastidores que muitos deputados ficavam com 10, 20% dos recursos provenientes das emenda$ - daí se entender agora de onde vem as fabulas financeiras ostentadas por parte dos parlamentares em meio a outra banda atolada em divida da campanha passada exatamente por não aderir ao esquema comum em outros.
Por essas e outras questões, agora também fica mais fácil compreender porque