poder do fornecedor
A elevação em 0,50 ponto porcentual da taxa básica de juros (Selic) - para 9,50% ao ano - manteve a atratividade da poupança na comparação com os fundos de renda fixa. A simulação da Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade (Anefac) mostra que os fundos de renda fixa só são vantajosos em aplicações de longo prazo e com taxas de administração reduzidas. Segundo a instituição, as taxas de administração de 0,50% ao ano são oferecidas para um grupo seleto de investidores - aqueles cuja aplicação supera os R$ 50 mil. A maior parte dos investidores paga taxas acima de 1%, segundo a Anefac.
"A poupança continua atrativa mesmo com essa elevação dos juros. A sequência de alta até torna os fundos mais interessantes, mas esse patamar não foi suficiente para torná-los melhores do que a poupança", afirma Miguel Ribeiro de Oliveira, diretor de Estudos Econômicos da Anefac.
Na simulação, com o novo patamar da Selic, a poupança rende ao ano 7,19%. Assim, um investimento de R$ 10 mil vai valer R$ 10.719 ao fim de 12 meses. Já um fundo de investimento com taxa de administração de 3% vai render 5,41% no mesmo período, totalizando R$ 10.541.
No fim de agosto, a Selic chegou a 9% ao ano, igualando os rendimentos das poupanças antiga e nova. Com a Selic maior do que 8,5%, ambas as cadernetas rendem 0,50% ao mês (6,17% ao ano) mais a variação da Taxa Referencial (TR).
Uma mudança significativa na relação de ganhos entre fundos e poupança só ocorreria com a Selic acima de 12,50% ao ano, segundo Oliveira. No caso do CDB, a aplicação só iguala a poupança se o investidor obtiver uma taxa de aproximadamente 85% do CDI.
Diversificação
Apesar da elevação da Selic, o ganho real nas aplicações continua baixo. Na avaliação do coordenador do Laboratório de Finanças do Insper, Michael Viriato, ainda vale a regra de apostar em opções variadas. "O investidor deve diversificar a carteira para buscar um investimento