poder coercetivo
Por Reinaldo Polito
Há poucos dias, conversando com o meu amigo Flávio Gikovate, um dos mais destacados psicanalistas do Brasil e consagrado escritor, questionava a razão pela qual o meu livro "Como Falar Corretamente e Sem Inibições" publicado pela Editora Saraiva, estourou nas listas dos mais vendidos, depois de doze anos do seu lançamento. Flávio Gikovate deu uma explicação para a qual ainda não tinha me aprofundado: - Polito, o lançamento do seu livro ocorreu à frente do tempo. Hoje, mais do que em qualquer tempo, todo projeto de desenvolvimento pessoal sempre deve incluir a boa comunicação. As pessoas passaram a ficar expostas com mais frequência e precisam se expressar bem para participar das reuniões, apresentar e defender projetos, lançar produtos, negociar, dar entrevistas, enfim, necessitam se comunicar em praticamente todas as atividades. E precisam se comunicar bem, pois a comunicação deficiente normalmente pode ser confundida com a falta de competência profissional. O responsável pela apresentação de um projeto, por exemplo, expressando-se com frases confusas, sem uma boa ordenação do raciocínio, equivocando-se na sequencia dos argumentos, comportando-se com postura deselegante e gesticulação defeituosa, pronunciando mal as palavras, certamente estará também comprometendo o entendimento e a credibilidade de sua proposta. Da mesma forma, numa reunião social, poucos teriam interesse em se aproximar para conversar com alguém que não soubesse se comunicar. Nessas situações as pessoas querem estar ao lado de quem seja interessante na maneira de contar histórias, relatar fatos, comentar notícias, ou até mesmo que saiba fazer perguntas pertinentes no momento apropriado, com presença de espírito e, quando a circunstância permitir, com bom humor. Aquele que não sabe se comunicar com eficiência comporta-se de maneira retraída ou inadequada e, num mundo tão competitivo, onde as oportunidades precisam