Pobreza, Seguridade e Assistência Social: desafios da política social brasileira .
MENDONÇA, Tarcísa Keliane De Assis.
GOMES, Gessik Allany Alexandre.
O presente artigo tem como objetivo promover uma reflexão acerca dos rumos tomados no debate sobre a política social no Brasil no período que o autor denomina como “contraditório” que vai de 1990 até os anos 2000. Para tanto, o autor vai começar chamando atenção para a centralidade que vem sendo dada ao combate a pobreza e a todos o reflexos que esta representa para a Assistência Social e para Seguridade, pois essa última vem perdendo o seu sentido universalizante, de ampliação de direitos e se tornando instrumento de enfrentamento a pobreza como se fosse destinada apenas aos pobres, e a
Assistência que dela faz parte, acaba se tornando como principal veículo de enfrentamento a pobreza, apesar do desmonte e fragilização da Seguridade e da omissão cada vez maior do Estado no tocante de suas responsabilidades, que vem sendo transferidas tanto para a sociedade civil, quando para o setor empresarial e o terceiro setor, resultando em políticas sociais cada vez mais focalistas e seletivas.O problema no que diz respeito a centralidade no enfrentamento a pobreza, não se resume apena a sua prioridade, mas sim, na forma em que os “pobres” são tratados e renomeados, de forma totalmente descontextualiza, des-historicizada, a pobreza se distancia dos debates estruturais e aparece como um objeto técnico, distanciada dos debates estruturais e a questão social vem sendo ressignificada como aborda o autor, pela ação instrumental e por meio de códigos de um “novo” economicismo
“solidário”, desconsiderando os compromissos históricos com a cidadania, é uma plano de fuga que nega os vínculos entre política econômica e política social e relativiza as expressões da questão social, sendo isso de grande utilidade ideológica, por mascarar as origens reais da pobreza e proteger o poder social e financeiro da