Pneumonia
Pneumonias na criança
R ELATORES : M ARIA A PARECIDA D E S OUZA P AIVA , F RANCISCO J OSÉ C ALDEIRA R EIS ,
G ILBERTO B UENO F ISHER , T ATIANA R OZOV
INTRODUÇÃO
As doenças respiratórias correspondem a aproximadamente 50% dos atendimentos ambulatoriais; 12% destes são por pneumonias. Estima-se que 4,3 milhões das mortes de crianças menores de 5 anos ocorram anualmente por infecções respiratórias agudas, que nessa faixa etária representam 20% dos óbitos. No Brasil, as taxas de mortalidade infantil por pneumonias variam por região, sendo mais altas nos Estados do Norte e Nordeste e mais baixas no Sul (70/
1.000 a 17/1.000). Mas na maioria dos Estados brasileiros nos quais o problema dos óbitos por desidratação está em fase de controle, é atualmente a segunda causa de morte.
São reconhecidos vários fatores de risco para pneumonias:
Fatores demográficos
• Sexo: principalmente em menores de um ano vários estudos demonstram maior risco para o sexo masculino.
• Idade: há nítida predominância em menores de 1 ano, em especial nos menores de 6 meses, faixa de idade na qual devem concentrar-se as principais medidas preventivas.
Fatores de risco socioeconômicos
• Renda familiar: o número anual de infecções respiratórias é o mesmo em países desenvolvidos ou não, porém a gravidade é nitidamente maior nos últimos. Naqueles, a mortalidade por pneumonia é reduzida. Em estudo publicado por Victora et al., observou-se em Pelotas, RS, nítida relação entre baixa renda e mortalidade por pneumonia. Na faixa de renda mensal maior que 300 dólares não houve mortes por pneumonia, enquanto nos com renda inferior a
50 dólares mensais, faleceram 12/1.000 nascidos vivos.
• Educação dos pais: a instrução dos pais, em particular das mães, tem sido demonstrada como fator de risco para hospitalização e morte por pneumonias.
Fatores de risco ambientais
• Poluição atmosférica: embora de difícil metodologia, vários estudos