Platão- o horizonte da metafísica.
A questão platônica:
Platão foi o primeiro discípulo de Crátilo de Sócrates. Viveu em uma época que acontecia uma revolução cultural, e um conflito entre a oralidade e a escrita.
Platão reproduziu o método socrático, fundando um novo gênero literário. Além disso, recuperou o valor cognoscitivo do mito como complemento do logos, no sentido de que quando a razão chega aos limites de sua capacidade, deve-se superar tais limites, desfrutando da possibilidade que se oferecem da imagem do mito.
Vida e Obra de Platão:
Nasceu em Atenas. Seu verdadeiro nome era Arístocles. Frequentou o círculo de Sócrates com o mesmo objetivo de outros jovens ou seja: se preparar através da filosofia para a vida política.
Teve seu primeiro contato direto com a vida política quando a aristocracia assumiu o poder e dois parentes seus tiveram participação no governo. Seu desgosto com a política praticada em Atenas obteve sua máxima expressão com a condenação de Sócrates a morte.
Nessa época Platão se manteve fora de Atenas e ao retornar, fundou sua Academia. Escreveu o que foi, provavelmente, seu primeiro diálogo, denominado O Menon.
Logo após isso, Platão volta a Sicília, onde Dionísio II o mantém praticamente como um prisioneiro e só volta a ser liberado a voltar para Atenas através de uma guerra. Em 361 a C Platão volta pela terceira vez a Sicília.
Em 360 a C, Platão retorna de vez a Atenas, onde permaneceu na direção da Academia até sua morte. Ele escreveu 36 trabalhos que foram divididos em 9 tetralogias. A interpretação desses escritos constituem a questão platônica.
A questão da autenticidade e da cronologia dos escritos:
O primeiro problema que surge em relação aos 36 escritos é o fato de não saberem se são de fato autênticos ou não, e quais são os autênticos.
Hoje em dia, todos são considerados autênticos até porque essa questão perdeu a importância depois de muito tempo.
A República pertence a fase central, é precedida