Plastinação
A técnica em comento, obviamente, fomenta a discussão acerca de questões éticas, religiosas e jurídicas que, no entanto, não são objeto do presente estudo. Ao contrário das técnicas de mumificação utilizadas na Antiguidade, a plastinação busca a conservação dos corpos por tempo indeterminado, enquanto se buscava na Antiguidade a “eternidade”, fato que claramente demonstra o cunho religioso do embalsamamento antigo.
A plastinação, como mencionado, consiste em substituir fluidos biológicos por polímeros, privando as bactérias do que seria fonte de vida, dessa forma inexistindo putrefação. Advém da substituição dos fluidos o nome da técnica, que literalmente “plastifica” o cadáver.
Os fluidos corporais não são trocados diretamente pelos polímeros, por conta da incompatibilidade química, fazendo com que o processo se dê em etapas. Inicialmente, envolve-se a peça anatômica a ser fixada em solução a 10% de formaldeído, o que previne a autólise. Nesta fase, denominada fixação, pode ser procedida a dissecação do tecido, bem como a injeção de corantes.
Na etapa da desidratação, a água é retirada dos tecidos, através do processo de substituição a frio, na qual as peças anatômicas são mergulhadas em solvente numa temperatura de –25ºC. O solvente normalmente utilizado é a acetona. No decorrer de quatro a cinco semanas, lentamente, a água do organismo será substituída pelo solvente.
Na etapa da impregnação forçada, as peças já desidratadas são submersas em polímero