Planta química
Durante centenas de anos, os sabões foram usados para processos de limpeza e lavagem, em todo o mundo, sendo conhecidos há mais de 2.500 anos. Os fenícios se banhavam fazendo uso de uma pasta obtida fervendo banha de cabra com cinzas de madeira. . Os antigos romanos apreciavam os diferentes e perfumados tipos de sabões em suas termas, mas com a queda do Império Romano ninguém mais ouviu falar de tal produto. O sabão só veio a reaparecer no século IX na cidade de Savona, Itália (daí a origem de seu nome), mas era usado apenas pelos nobres (DASHIRLEY, 2003). Somente a partir do século XIII que o sabão passou a ser produzido em quantidades suficientes para ser considerado uma indústria (SHREVE e BRINK JR, 2008).
Durante 2000 anos, os processos básicos de fabricação de sabões permaneceram praticamente imutáveis. Envolviam a saponificação descontínua dos óleos e gorduras, mediante um álcali, seguida pela salga para separar o sabão. As modificações maiores ocorreram no pré-tratamento das gorduras e dos óleos, no processo de fabricação e no acabamento do sabão. Conseguiram-se novas e melhores matérias-primas mediante a hidrólise, a hidrogenação, a extração em fase líquida e a cristalização a solvente das diversas gorduras e óleos. Os processos contínuos datam de 1937, quando a Procter & Gamble instalou um processo contínuo de neutralização e hidrólise a alta pressão, em Quincy, Massachusetts. O passo seguinte foi o processo de saponificação contínua, desenvolvido, em conjunto, por Sharples e pelos irmãos Lever, e instalado na usina dos últimos, em Baltimore, em 1945. Desde então foram erguidas instalações de ambos os tipos. Esses processos contínuos de fabricação de sabão, embora sendo desenvolvimentos tecnológicos de extrema importância, foram parcialmente superados pela introdução dos detergentes sintéticos (SHREVE e BRINK JR, 2008).
Diante do fato de que a fabricação de sabões se tornou uma indústria essencial ao conforto e à saúde de todas as classes