plano
Em resumo, este artigo tem por objetivo verificar a existência de uma relação significante entre o valor de mercado e o desempenho das empresas brasileiras privadas, não financeiras, de capital aberto e sua estrutura de propriedade e controle, definida pelas características de concentração de votos e propriedade e excesso de votos dos controladores. A presença de grandes acionistas com alta parcela de propriedade pode ser prejudicial para uma empresa e para as outras partes da empresa devido à possibilidade dos interesses dos acionistas controladores não estarem alinhados com os interesses dos demais acionistas, como sugere Shleifer e
Vishny (1997), La Porta et al. (1999) e Bebchuk et al. (1999). Além disso, a concentração substancial de direito sobre fluxo de caixa permite, além da condução de interesses próprios dentro da empresa, como a nomeação e destituição da administração, o isolamento da empresa em face das ofertas de aquisição hostil, como sugere Stulz (1988). Os acionistas controladores podem expropriar o fluxo de caixa da empresa de várias formas, incluindo-se entre as alternativas o simples pagamento de salários excessivos a si próprios, a autonomeação em cargos executivos privilegiados e posições no conselho para si próprios ou para familiares e parentes, A transferência de ações com desconto ou o ato de insider trading também são formas alternativas de expropriação de riqueza por controladores. Outros benefícios privados de acionistas controladores são utilizar os ativos da empresa como garantia de transações pessoais ou tomar empréstimos de fundos da empresa com vantagens comerciais. No geral, existe também a propensão a praticar uma gestão com subinvestimentos, uma vez que os custos dos investimentos serão divididos com todos os outros acionistas, como sugere Jensen e Meckling (1976) e Bebchuk et al. (1999).
Entretanto a presença de acionistas controladores ede