Planos
O aumento progressivo da inflação no final de 1985 e inicio de 1986 levou ao lançamento do Plano Cruzado em 28/02/1986. O cruzeiro foi substituído por uma nova moeda, o cruzado e foram definidas regras de conversão de preços e salários, visando evitar efeitos de transferências de renda de um setor para outro. As principais medidas foram:
- Conversão dos salários pela média dos últimos seis meses mais um bônus de 8% (para o salário mínimo o bônus foi de 16%);
- Introdução do mecanismo de gatilho salarial que seria acionado toda vez que a inflação atingisse 20%;
- Congelamento de preços ao nível de 28/02/1986 por prazo indeterminado. Exceção para a energia elétrica que foi reajustada em 20%;
- Fixação da taxa de câmbio no nível de 27/02/1986 sem previsão de flexibilização;
- Substituição das ORTNs pelas OTNs com valor fixo para 12 meses;
- Os novos contratos pós-fixados somente sofreriam reajustes de indexadores após 12 meses;
- Sobre os antigos contratos prefixados foi aplicado um fator de desconto (a tablita com fator diário de 0,45%), visando retirar a previsão inflacionária inserida em suas taxas nominais;
- Não foram estabelecidas metas para a politica monetária e fiscal.
No primeiro momento o plano foi um sucesso tendo provocado queda significativa da inflação e crescimento econômico. Estes resultados levaram alguns componentes do governo a acreditar em um cenário de inflação zero e então, o congelamento de preço virou o principal item do plano.
Os planos heterodoxos surgiram logo após o fim dos governos militares para tentar atender ao chamado de várias vozes que defendiam ações alternativas para debelar a inflação cujo combate com medidas ortodoxas não lograram êxito
O plano Bresser seguiu o plano Cruzado, que havia fracassado na tentativa de controlar a inflação
As principais medidas do Plano Bresser
1. congelamento de salários, com inflação corrigida após seis meses ao nível de
12 de julho;
2.