PLANO TRIENAL
O Plano Trienal foi uma estratégia proposta pelo então Ministro do Planejamento Celso Furtado e San Tiago Dantas, Ministro da Fazenda, no final de 1962. Este plano seria uma resposta política para a inflação, que se encontrava em disparada nesta época e à decadência do comércio externo. A premissa era a implantação efetiva de medidas no primeiro trimestre de 1963 que combinassem desenvolvimento econômico com reformas sociais e o combate à inflação.
Os principais objetivos do Plano Trienal eram:
Assegurar uma taxa de crescimento da renda nacional de 7% ao ano
Reduzir progressivamente a pressão inflacionária em 1963
Alcançar uma taxa de inflação de 5 à 6% ao ano no terceiro ano de aplicação do Plano
Política de câmbio orientada
Garantia do estímulo das exportações
Política de austeridade à expansão monetária
Possibilidade de crescimento do crédito ao setor privado
Apesar das expectativas, o plano já nasceu fadado ao fracasso. Ignorava o efeito sobre os investimentos privados e o aumento de salários. Também faltavam regras para regular a captação de dinheiro e havia uma crescente hostilidade ao capital estrangeiro. Assim, mesmo antes da derrubada do governo de João Goulart, o Plano Trienal fracassava e ficava sem conseguir cumprir o objetivo conter a inflação.
Dois anos após a criação do Plano Trienal, a inflação geral fechou em 91,8%. Entretanto, tal fracasso deve ser medido nas proporções em que merece, pois teve pouco tempo para ser planejado, não contou com dados e estatística confiáveis, além da falta de experiência dos políticos brasileiros com este tipo de ação e a ignorância sobre as consequências que poderia causar.
Com a derrocada do Plano Trienal, uma perigosa crise institucional acabou sendo iniciada. Jango, ou João Goulart, demonstrando todo seu desespero com o fim do plano, começou a fazer decretos para nacionalizar empresas petrolíferas de capital privado. Chegou a desapropriar algumas regiões para uma suposta reforma agrária, o que