Economia
O Plano Trienal foi elaborado durante o governo de João Goulart como tentativa de combater os altos índices da inflação brasileira.
João Goulart assumiu a presidência do Brasil em 1961 em meio a um quadro de grande instabilidade política e econômica. Chegou ao cargo após o Congresso Nacional receber um inesperado pedido de renúncia do então presidente Jânio Quadros, do qual Goulart era vice. Na ocasião da renúncia, Jango, como era normalmente chamado João Goulart, estava em viagem na China, país que havia assumido posicionamento de afinidade com o socialismo. Jango também era tido como simpatizante das idéias revolucionárias e desagradava os políticos e empresários nacionais, por isso em seu regresso ao Brasil houve tentativas de o impedir de assumir a presidência, o que era de seu direito. Esse estigma de ligação com o socialismo marcou politicamente o restante do governo de João Goulart que nem chegou ao fim do mandato, pois foi interrompido pelo Golpe Militar.
Não só políticos foram os problemas enfrentados por João Goulart, mas também econômicos. O Brasil passava por uma fase marcada por elevados índices inflacionários nos anos de 1961, 1962 e 1963, o que esteve relacionado também com a instabilidade política. No final de 1962, Jango reuniu sua equipe liderada pelo Ministro do Planejamento Celso Furtadopara elaborar medidas que pudessem conter a inflação que batia marcas de 70%.
O Plano Trienal foi uma proposta elaborada por Celso Furtado que visava combater a inflação e fazer o Brasil crescer a uma taxa de 7% ao ano, além de iniciar uma política de distribuição de renda. A execução do Plano Trienal partia do princípio de substituição das mercadorias importadas por mercadorias nacionais, feita de forma gradual. Acreditava-se, assim, que a valorização da mercadoria interna ajudaria a aquecer o mercado nacional e alavancar a economia.
O Plano Trienal fazia grandes investimentos no mercado interno e acreditava numa taxa de crescimento das