Plano de ensino
Nesse entendimento, um currículo não é composto somente da concretude espaço/temporal do “caminho” – princípios, objetivos, conteúdos, metodologias e avaliação –, mas também das percepções e concepções de quem o construiu e daqueles que por ele passam, configurando-se nessa perspectiva, uma questão de subjetividade.
Ao pensarmos em currículo, por mais que acreditemos que esteja dado, definido, altera-se pelo tempo, pelo uso, pelo desuso, pelos movimentos históricos, culturais e sociais de quem dele se utiliza e se apossa, visto que 124 podem alterá-lo por acréscimo, omissões de informações, desvios, por abandono ou outros fatores.
Em um sistema de ensino, as aspirações de uma sociedade transformam-se em princípios, em objetivos educacionais que orientam a essência da formalização da Educação: o currículo. Assim, o currículo escolar é o retrato das escolhas não neutras de determinada parte da sociedade que define quais conhecimentos/saberes socialmente construídos deverão ser disponibilizados para os estudantes de todos os níveis, etapas e modalidades de escolarização.
Essas transformações nos impulsionam a repensar a organização curricular vigente a partir do envolvimento de toda a comunidade do DF representada pelos atores da rede pública de ensino, levando-se em consideração a maneira de ser, de estar e de ler o mundo dos sujeitos que participam de sua efetivação na unidade escolar. Nesse processo, alguns questionamentos se fazem presentes: o que se ensina? Para quem se ensina?
O que se aprende? O que se faz com o que se aprende na escola? Quem ensina?