Piratas da Somalia
Em 1970, o General Siade Barre assumiu o poder no país e instaurou um governo ditatorial. Duas décadas depois o regime de Barre caiu e os opositores que o derrubaram se voltaram uns contra os outros, não conseguindo chegar a um acordo quanto à liderança do país; consequentemente, mergulhando-o em sucessivas guerras. Desde 1991 já houve 14 tentativas de se formar um Governo. O país continua, desde então, a ser um “Não Estado”. Atualmente, há dois grandes grupos que lutam pelo controle do país: a União das Cortes Islâmicas (UCI) e o Governo Federal de Transição (GFT), que tem o apoio da Etiópia e dos Estados Unidos.
São cidadãos somalis que atuam na costa da Somália, no Oceano Índico, e atacam navios cargueiros que atravessam o Golfo de Aden. Para saquear e sequestrar navios utilizam barcos de fibra de vidro, armamentos pesados e plano de ação executados por grupos de 10 a 50 homens.
Além de saquear dinheiro e produtos dos navios, ainda cobram recompensas pelo resgate dos tripulantes e embarcações , em média 2 milhões de dólares por cada navio. A pirataria somali está mais concentrada no Golfo de Aden, que em terra corresponde a região de Puntland, na corte norte da Somália.
Os “piratas” utilizam de tecnologias como GPS, para rastrear mensagens para localizar alvos e manter distância dos navios militares, lanchas, armamento de guerra: fuzis, lançadores de mísseis e metralhadoras. Contudo, aproveitando-se da violência e da situação do país com a falta de um Governo, muitas embarcações exploram indiscriminadamente a Costa da Somália e suas águas territoriais. Há uma grande prática de pescas ilegais praticada por grandes nações, sem declarações e regularização, fazendo uso inclusive de redes de pesca – que gera um esgotamento das reservas pesqueiras do país, e consequentemente, empobrecendo mais ainda a população local que tem a pesca como sustento.
Em novembro de 2008, a ONU adotou uma resolução que impôs novas sanções a pessoas e