Piaget Cognição no período operacional concreto
No livro de Goulart (1985), Piaget: experiências básicas para utilização pelo professor., podemos observamos que as operações consistem em transformações reversíveis e tal reversibilidade pode consistir em inversões ou em reciprocidade, a criança compreende essas formas de reversibilidade, mas sem coordená-las. As operações baseiam-se em objetos e não em hipóteses, por isso são concretas. Trata-se de uma fase de transição, entre a ação e as estruturas lógicas mais gerais.
Piaget aponta que o desenvolvimento cognitivo, neste período, se caracteriza por ordens de operações, sendo elas, as operações lógico-matemáticas e as infralógicas. A primeira versa sobre semelhanças e diferenças, ou ambas ao mesmo tempo, são classificações, seriações, multiplicação lógica e compensações simples. Não excluem as imagens mentais, mas também, não tem relação com elas. Em resumo, diz-se que as operações lógico-matemáticas tendem a reunir os objetos em classes, ordená-los, multiplica-los, etc., mas não se ocupam do objeto em sua composição interna. Já as operações concretas de caráter infralógico são, por sua vez, “formadoras da noção do objeto como tal, por oposição ao conjunto de objetos”, dizem respeito às conservações físicas, e à constituição do espaço, estas são acompanhadas de imagens mentais relativamente adequadas e podem traduzir-se por representações figuradas. As operações infralógicas resultam na construção de invariantes físicas e invariantes espaciais.
Para Piaget, há uma estreita relação entre o funcionamento das estruturas lógicas e infralógicas. As operações lógicas repousam na noção de conservação, que é o fundamento das operações infralógicas.
No período Operatório-concreto, torna-se possível conservar as propriedades de um objeto, mesmo que esse passe por transformações em sua aparência. Nesse estágio surgem vários esquemas de conservação, que só serão sustentados pela estrutura lógico-matemática,