A teoria do desenvolvimento do cognitivo de piaget
Embora seja antiga a concepção filosófica de que o conhecimento humano é uma construção do próprio homem, tanto coletiva como individual, neste século, Piaget se apresenta como o pioneiro do enfoque construtivista à cognição humana. Suas propostas configuram uma teoria construtivista do desenvolvimento cognitivo humano. Com importantes trabalhos na década de 20, apenas na década de 70, Piaget foi "redescoberto". Começa talvez aí a ascensão do cognitivismo e o declínio do behaviorismo, em termos de influência no ensino/aprendizagem e na pesquisa nessa área. Tamanha influência piagetiana a fim de se provocar confusão do termo construtivismo com Piaget.
Ressalta-se que além do enfoque piagetiano, dentre as visões construtivistas, existem outras, embora este enfoque seja o mais conhecido e influente.
Alguns conceitos-chave de sua teoria, tais como assimilação, acomodação e equilibração foram abordados ao longo do texto. O "núcleo duro" da teoria de Piaget está na assimilação, na acomodação e na equilibração, não nos famosos períodos de desenvolvimento mental.
Há em sua teoria, quatro períodos gerais de desenvolvimento cognitivo, a saber: o sensório-motor que vai do nascimento ao cerca de dois anos de idade, no qual a única referência comum e constante é o próprio corpo da criança, decorrendo daí um egocentrismo praticamente total; deste estágio, característico do recém-nascido, a criança evolui cognitivamente, passando por outros estágios, até que, no fim do período sensório-motor, começa a descentralizar as ações em relação ao próprio corpo e a considerá-lo como um objeto entre os demais. O próximo é o pré-operacional, que vai dos dois aos seis ou sete anos. Por meio da linguagem, dos símbolos e imagens mentais, inicia-se uma nova etapa do desenvolvimento mental