Planejamento em saúde para não especialistas
JAIRNILSON SILVA PAIM
Embora o planejamento, junto à epidemiologia e as ciências sócias, constitua um dos três pilares disciplinares da Saúde Coletiva, o ato de planejar antecede o aparecimento desse campo cientifico. Entretanto, é compreensível que para certos aspectos da vida, o melhor não seja planejar. (PAIM, s.d.)
Se pensando de forma coletiva, social e institucional, o planejamento pode ser essencial para melhor realizar o trabalho e para explicitar objetivos e compromissos compartilhados. Por conseguinte, existem justificativas políticos-institucional e éticas para o uso do planejamento enquanto ação social como: ferramenta de administração, onde se permite que servidores de instituições executem seu trabalho em função de propósitos claros e explícitos, o planejamento também ajuda a mobilizar vontades e “corresponde ainda a um modo de explicitação do que vai ser feito, quando, onde, como, com quem e para quê. (...)”, (PAIM, p.16 s.d). Esta pose ser considerada como sua interface com a política de saúde.
O planejamento não se limita na produção de planos, programas ou projetos, os mesmos representam apenas uma etapa do processo de planejamento. A partir do momento que esses documentos são elaborados juntamente com a maior participação das pessoas e quando sensibilizam e comprometem os que estão verdadeiramente interessados na mudança da situação, possuem a maior chance de interferir na realidade.
O planejamento na perspectiva de ação social está ligado ao primeiro esforço na historia da humanidade de implantar uma nova forma de organização de sociedade denominado de socialismo. Ao buscar um outro método de alocação de recursos e de produzir e distribuir bens e serviços igualitários, fizeram experiências de mecanismos substitutivos de mercado pelo Estado, feitos através do planejamento.
O planejamento tem sido validado como método, ferramenta, instrumento ou técnica para gestão, gerencia ou administração e