PHDA
Perturbação de Hiperactividade com défice de atenção
Introdução
As primeiras concepções relacionadas com o termo Hiperatividade, surgiram nos finais do séc. XIX. Antes destas investigações, os únicos responsáveis pelas “atitudes incorrectas” dos filhos eram os pais. No princípio do séc. XX, no ano de 1902, Still (citado por Lopes, 2003), foi um dos primeiros a descrever os sintomas que se aproximam dos sintomas considerados como manifestações fundamentais da Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção (PHDA). Still concluiu que o problema destas crianças deveria ser de origem biológica, referiu também que alguns membros das famílias destas crianças tinham problemas psiquiátricos, tais como depressão, alcoolismo, problemas comportamentais. Deste modo é considerada uma perturbação neurobiológica, de causas genéticas, em regra com início durante a primeira infância e frequentemente acompanha o indivíduo por toda a sua vida, havendo no entanto diminuição da sua manifestação com a idade e com o uso de medicação.
Assim a Perturbação de Hiperactividade com Défice de Atenção é o distúrbio neuro - comportamental mais frequente em crianças em idade escolar, caracterizado pelos sintomas de falta de atenção, impulsividade e hiperatividade. A maior competitividade, imposta pelos condicionalismos sociais e ambientais, implica necessidades acrescidas de desempenho escolar, independentemente das capacidades individuais, assim como a obrigatoriedade escolar mais prolongada, a exigência dos conteúdos curriculares e a necessidade de níveis de escolaridade mais graduados para o sucesso profissional, numa sociedade progressivamente mais exigente parecem ser alguns dos factores responsáveis por uma maior visibilidade deste distúrbio em crianças genética e biologicamente predispostas, despertando nestas uma necessidade de maior tempo de realização de tarefas, o que