Peça: Ensaio sobre um suicídio

A vida não é uma droga
1º ATO
CENA 1-“A vida é uma droga”
*Priscila está com uma corda no pescoço, olhando para baixo, triste;
*Priscila usa uma camiseta com um “6” estampado nela;
*Ricardo usa uma camiseta totalmente branca.
[Ricardo]-Oi...Tá tudo bem com você?
[Priscila]-Não. Você não vê que eu sou um seis? Eu não sou muito bom pra esse mundo... Por isso é que vou pra outro...
[Ricardo]-Mas esse não é o seu nome, seu nome é algo que expresse sobre quem você é. Um número não diz quem é você.
[Priscila]-Mas foi o que me deram a vida inteira. Eu já te falei: Não sou bom pra esse mundo!!!
Ricardo caminha até a amiga.
[Ricardo]-Querida, Deus fez a vida pra ser boa, e mesmo depois do pecado, ainda podemos ter vidas felizes aqui na Terra, não importa o nosso cargo ou conceito social...
Priscila agarra o amigo pelos ombros, sacode um pouco enquanto grita, entre soluços, as palavras: Cara, a vida é uma droga!

CENA 2-“É proibido educar”
*Sala de aula; alunos conversam entre si; o professor de filosofia (George) entra na sala de aula, batendo em uma das mesas e dá um berro:
-Vocês já ouviram falar do mito da caverna?
*A turma responde bem à introdução do assunto, e o professor discorre:
-Hoje, século XXI, acontece o mesmo no sistema escolar; a verdade é escondida de nós, a verdadeira forma de viver bem e feliz...Nos ensinam a competir e lutar pela sobrevivência como os animais fazem!!!
*O professor dá outra pancada na mesa.
[Paula]-Mas professor, eu não ligo de fazer provas e existir a preferência pelo primeiro e rejeição ao último da sala.
[Priscila]-Mas, cara, muita gente é inteligente e capaz, mas a partir do momento que se sentem pressionados, não conseguem realizar provas, e é rejeitado por que as notas acabam rotulando as pessoas...
[George]-É gente, e isso acaba gerando separação entre as pessoas, no lugar de nos fazer seguir o verdadeiro propósito de Deus que é a união. Além disso, ninguém precisa provar o seu conhecimento pra ninguém, mas