Pesquisa sobre publicidade infantil
Por Carla / Equipe em 07 março 2012 - Comportamento
Na história das embalagens e demais atuações que envolvem as práticas de marketing é comum encontrarmos nas prateleiras de supermercados produtos que utilizam personagens conhecidos ou criados para endossar e melhorar a tal imagem da marca. Alguns desses personagens estão sob licença (licensed character). E você sabe como funciona?
A empresa detentora dos direitos sobre o personagem faz um contrato de cessão com o licenciado que garante a exploração e reprodução da imagem do personagem em seu produto e demais atuações da marca, como a publicidade, eventos, filmes, entre outros. O licenciado pagará um valor convertido em royalties ao licenciador diante de todo o volume de vendas do produto ou serviço licenciado. Uma parceria estratégica e muito lucrativa, visto que tudo é bem calculado e planejado pelo departamento de marketing e comunicação integrada das empresas.
Em vários casos, como já são amplamente conhecidos, os personagens transferem seu prestígio e camuflam as propriedades da marca evocando um diferencial que não existe. É como se o produto ficasse mais saboroso ou nutritivo só porque possui um desenho bonitinho estampado na embalagem. Essa alavanca comercial dá resultados por meio de uma espécie de “valor agregado” enganoso.
A relação entre o personagem e o produto é milimetricamente pensada por meio da expressividade gráfica adotada para chamar atenção do adulto e, principalmente, da criança, alvo final. Por exemplo, ao se deparar com o Pernalonga estampado numa garrafinha de suco industrializado é muito possível que a criança se sinta atraída pelo desenho exposto e muito menos pelo produto em si. É um reconhecimento imediato ao personagem que ele vê na televisão. E esse personagem também estará na publicidade e outras manifestações estratégicas.
Esse efeito atrativo por suas dimensões lúdicas e afetivas foi pensado pelo departamento de