Pescadores atenienses e seus deuses

INTRODUÇÃO

O texto tenta desvendar a significância dos pescadores atenienses no período clássico. Atentando para os olhares dos ateniense para os mesmos. Porém como se pôde observar através dos textos produzidos por uma elite intelectual( Xenofonte, Platão e Aristófanes, por exemplo), os pescadores estavam inseridos em um baixo estatuto social dentro dessa sociedade. Platão dizia que esses pescadores não mereciam a honra de serem chamados de caçadores, atribuindo à eles o nome de caçador menor. Pois seu papel na pesca era visto como algo sem coragem, pois não se lançavam ao combate direto com sua presa. Diferente disso, caçavam por meio de armadilhas. Não bastasse naquela época, a caça era vista como uma atividade formadora de caráter do cidadão-guerreiro. Por isso os pescadores eram desvalorizados, tendo um status baixo. O objetivo então, é tentar entender o estatuto do pescador na pólis Ateniense do período clássico. Percebendo a ambivalência que fazia o pescador transitar pela honra e a vergonha. Pois de um lado o pescador era apenas um caçador barato, e do outro ocupava um papel significativo na economia ateniense do período clássico. 1°CAPÍTULO

No primeiro capítulo do texto, é traçado um panorama das principais atividades econômicas de Atenas, além de localizar a Atenas do período clássico dentro de seu contexto político, geográfico, e sociocultural. Para começar é preciso explicar o conceito de “economia antiga". A) A ECONOMIA ANTIGA DE FINLEY O modelo de economia antiga ao qual é referido é o de Moses I.Finley. Que diz que durante o VIII séc. a. C. Até a desintegração do Império Romano (IV séc. d. C.), o mundo antigo só conhecia um modelo único de economia no qual os aspectos ligados ao trabalho, produção, trocas e riquezas permaneceram os mesmos durante todo este período. Esse modelo consistia entre outros pressupostos, que objetivava-se a um sistema econômico autônomo, onde a economia era basicamente agrária. Sendo que o