perigos na escola

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Portanto, o objetivo deste texto é trazer elementos conceituais que permitam refletir sobre este estado de coisas. Será importante trabalharmos o conceito de prática trazido por
Gimeno Sacristán (1998); o de experiência social por Dubet (1996); o de habitus e o de capital cultural por Bourdieu (1998) e de função social da escola, trazido por Enguita (2001).
Prática: idéia que converge para transformação ou reprodução?
Na esteira da discussão proposta neste texto, é importante que se perceba o que exprime o conceito de prática. É comum ser utilizado no meio escolar e até no acadêmico o termo prática associado a ideia ora de transformação, ora de reprodução, bem nos termos colocados na introdução deste texto. No primeiro caso, fala-se em prática emancipadora, prática libertadora como idéias articuladas ao movimento de transformação e da emancipação dos indivíduos. No segundo caso, reiteradamente ouvimos expressões do tipo: práticas conservadoras, práticas eivadas de vícios, práticas repetitivas, o que leva à imagem da reprodução e da continuidade. Estes dois tipos de discurso se alternam no campo educacional, sempre de forma bipolarizada.
Outra espécie de confusão que se opera no cotidiano escolar é a diferença entre os conceitos de prática e de ação, que devem ser aqui desfeitos a fim de que se possam perceber as potencialidades do conceito de prática, incluindo aí, a escolar. A partir deste entendimento, espera-se comprovar os equívocos conceituais que se operam quando se estabelecem relações dicotomizadas no que se refere à função social da escola.
Primeiramente, é importante compreender que os sujeitos, considerados individualmente, não têm condições de criar práticas, pois, não poderão ser adotadas por outras pessoas. Isto significa que as práticas são ações adotadas pela coletividade, interdependentes de significados e de contextos de atuação. Sendo assim, sempre que se utiliza o conceito denominado prática, está a se referir a um

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