perfume
Sandra Martins Dias
Roberto Ribeiro da Silva
A seção ”Química e sociedade” apresenta artigos que focalizam aspectos importantes da interface ciência/ sociedade, procurando, sempre que possível, analisar o potencial e as limitações da ciência na solução de problemas sociais. Este texto apresenta uma discussão sobre a química dos perfumes. Os aromas têm sido utilizados pela humanidade desde seus primórdios, e esta prática chegou a levar certas espécies vegetais e animais, fontes originais daquilo que hoje chamamos de essências, à beira da extinção. A química dos perfumes é uma atividade econômica crescente e importante fonte de renda para muitos países. aromas, óleos essenciais, perfumes
O
s perfumes têm sido parte da vida civilizada há vários séculos, tanto para os homens como para as mulheres. Todos nós temos preferências por determinados aromas, os quais podem nos mudar o humor ou suscitar emoções.
Provavelmente o mais primitivo dos nossos sentidos, o olfato tem a capacidade de nos recordar experiências passadas. As mensagens olfativas são enviadas para áreas do cérebro associadas à emoção, à criatividade e à memória.
Mas, afinal de contas, o que é um perfume? O que ele contém?
A fragrância de um perfume é um complexo sistema de substâncias originalmente extraídas de algumas plantas tropicais ou de alguns animais selvagens. Recentemente,o perigo de extinção de certas espécies vegetais e animais e a busca de novas essências, inclusive de menor custo, conduziu a química dos perfumes aos laboratórios, onde são criados os produtos sintéticos que têm substituído paulatinamente os aromas naturais.
Um outro aspecto curioso é que as fragrâncias que encontramos em
palavras latinas per (que significa origem de) e fumare (fumaça).
O passo seguinte na evolução do emprego dos aromas foi sua apropriação pelas pessoas, para o uso particular, algo que provavelmente aconteceu entre os egípcios.
Um avanço