Perda de oxidos de ferro nos solos
1-O solo não apresenta apenas, mera mistura de valores fragmentados e matéria orgânica em vários estágios de decomposição e de mineralização. É na realidade, um pouco, mais do que os conhecimentos disponíveis permitem visualizar: representa um conjunto de fenômenos naturais ainda mal percebidos pelos recursos atuais, disponíveis à investigação.
Quando se caracteriza o solo, claramente se percebe, tratar-se de uma parte bem organizada da natureza, ajustada a múltiplas funções de um equilíbrio dinâmico. Aquele que se aproxima do solo verifica ser ele um corpo natural, independente e dinâmico, adquirindo propriedades ou características variáveis com a natureza, intensidade e extensão das forças que sobre ele atuam.
2- Os solos são sistemas trifásicos com o predomínio da fase sólida. Esta se constitui de materiais minerais derivados das rochas ou sedimentos associados a compostos orgânicos derivados da decomposição dos organismos vivos que nele habitam. Sua composição é relativamente estável num intervalo de tempo curto, mudando apenas pelas adições ou remoções por erosão e deposição hídrica e eólica e por atividade biológica.
A fase líquida é formada pela água proveniente da atmosfera ou corpos d’água e lençol freático em equilíbrio dinâmico com a matriz mineral e os seres vivos. Esta água contém íons dissolvidos, formando a solução do solo, e pode também carrear compostos orgânicos solúveis e materiais coloidais em suspensão.
A fase gasosa é composta pela atmosfera do solo, resultante do equilíbrio dinâmico entre a atmosfera e os gases presentes no espaço poroso. A fase gasosa tem sua composição alterada em relação à composição atmosférica pelos gases produzidos pela atividade biológica e reações químicas do solo. A estrutura e a porosidade do solo, assim como a presença de água, afetam as taxas de difusão destes gases para a atmosfera.
A composição química de cada fase reflete o balanço dos fatores de formação, sendo variável no espaço e no tempo.