Percepção e uso do espaço em arquitetura
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Percepção e uso do espaço em Arquitetura e Urbanismo: um ensaio no Ambiente Construído raquel cristina laki* alexandre emilio lipai**
“É um lugar para se experimentar. Arquitetura é uma experiência que deve provocar emoção”
(Massimiliano Fuksas)
Resumo l A pesquisa propõe-se a investigar como as pessoas percebem e interagem com os elementos arquitetônicos ao utilizarem ambientes projetados por arquitetos e urbanistas. Este projeto é parte integrante do Grupo de Pesquisa “Níveis de percepção e uso do espaço em Arquitetura e Urbanismo”, coordenado pelo orientador. Com base no estudo teórico das relações interdisciplinares entre os Fundamentos da
Arquitetura com outras áreas de Ciências Humanas e Sociais Aplicadas – dando ênfase às contribuições da área de Psicologia Social –, procurou-se compreender como estímulos gerados por influências do espaço construído possibilitam observar formas de perceber e de construir sentidos (criar significados) de uso pelo ser humano. O objeto-ambiente de estudo é a Praça de Alimentação da Universidade São
Judas Tadeu – e os instrumentos utilizados são a observação, a aplicação de questionários e entrevistas com grupo de voluntários formado por alunos de primeiro ao quinto ano e professores do curso de
Arquitetura e Urbanismo.
Palavras-chave l arquitetura e urbanismo, uso do espaço construído, estudo interdisciplinar.
1. introdução
Espaço, tempo e matéria constituem os elementos básicos com que o arquiteto-urbanista pensa e concebe um espaço. O inter-relacionamento entre estes componentes determina a essência e a qualidade de um projeto e representa três importantes estímulos para que se tenha consciência do uso de ambientes como experiência.
A forma, definida pela geometria, constrói ambientes extraídos da matéria (substância, textura e cor). E esta se traduz em elementos que, em conjunto, vão oferecer condições (adequadas ou não) para que