Percepção, memória e imaginação
No conhecimento sensível também conhecido como conhecimento empírico as suas principais formas são a sensação e a percepção. A sensação é o que nos dá as qualidades dos objetos e os efeitos internos dessas qualidades sobre nós, como por exemplo sentimos o quente e o frio, o doce e o amargo, o liso e o rugoso.
Sentir algo é ambíguo, pois o sensível é ao mesmo tempo, a qualidade que está no objeto externo, o sentimento interno que nosso corpo possui de qualidades sentidas. Na realidade, não temos uma sensação isolada e sim sensações como uma síntese de varias sensações.
Empirismo e intelectualismo
Fazem parte da tradição filosófica sobre a sensação e a percepção: a empirista e a intelectualista. Para os empiristas a sensação e a percepção são causadas por estímulos externos que agem sobre nossos sentidos e sobre o nosso sistema nervoso.
Para um empirista a sensação é pontual: um ponto do objeto externo toca um de meus órgãos dos sentidos e faz um percurso no interior do meu corpo, indo ao cérebro e voltando as extremidades sensoriais. Cada sensação é independente das outras, cabendo a percepção unifica-las e organiza-las numa síntese.
Para os intelectualistas a sensação e a percepção dependem do sujeito do conhecimento e a coisa exterior é apenas a ocasião para que tenhamos a sensação ou a percepção. Nesse caso sentir ou perceber são fenômenos que dependem da capacidade do sujeito para decompor um objeto em suas qualidades simples e recompô-lo como um todo dando-lhe organização e significado.
Psicologia da forma e fenomenologia
A filosofia alterou bastante essas duas tradições e as superou numa nova concepção do conhecimento sensível trazidas pela fenomenologia de Edmund Husserl e pela psicologia da forma.
Apesar de suas diferenças, empiristas e intelectualistas concordavam num aspecto: julgavam que a sensação era uma relação de causa e efeito entre pontos das coisas e pontos do nosso corpo. Por isso a percepção era considerada a