Pensamento Sistêmico
3.1.1 Metodologia de Resolução de Problemas Organizacionais
De acordo com Capra (1996), conforme são estudados os problemas de nossa época, mais se percebe que eles não podem ser compreendidos separadamente, eles são problemas sistêmicos, o que significa que estão interligados e são interdependentes. O pensamento sistêmico exige uma forma nova de perceber a realidade, o ser humano e o mundo e por conseqüência uma mudança de comportamento por parte dos profissionais, que permite ampliar seu foco e perceber que o indivíduo não é o
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sozinho o responsável por ser portador de um determinado sintoma, mas sim que existem relações que desencadearam ou fazem com que esse sintoma permaneça.
Pode-se então realizar uma investigação visando descobrir a influência que as partes têm umas sobre as outras (VASCONCELLOS, 2000).
O pensamento sistêmico oferece uma linguagem comum, permite uma transdisciplinaridade e é por isso que pode ser apresentado como o novo paradigma da ciência (VASCONCELLOS, 2000).
Geralmente, de início, é difícil pensar sistematicamente, pois as formações acadêmicas e profissionais eram todas voltadas para o pensamento analítico ou
“paradigma tradicional”. Como relatado por Capra (1996), o pensamento sistêmico é
"contextual", o que é o oposto do pensamento analítico. A análise significa isolar alguma coisa a fim de entendê-la; o pensamento sistêmico significa colocá-la no contexto de um todo mais amplo.
O pensamento analítico mantém o foco em um problema específico e busca quais são as possíveis causas (podendo ser várias), enquanto o pensamento sistêmico parte de diversos problemas (“sintomas sistêmicos”), aparentemente sem conexão, chegando a uma causa central. Enquanto um tem foco na análise das partes, o outro se empenha em obter sínteses, se baseando na totalidade das interações entre as partes relevantes, para então existir um “todo” (QUALIPLUS,
2011).
Para uma organização atingir uma melhoria