pensamento liberal X Marxista
Com base no pensamento de filósofos ingleses e franceses dos séculos XVII e
XVIII, o liberalismo iria se estruturar em oposição ao poder absoluto exercido pelas monarquias hereditárias da Europa, que invocavam o direito divino como fonte de sua legitimidade. O marxismo se estruturaria como crítica e alternativa à sociedade burguesa e à ordem liberal vigentes no século XIX, tomando por base o pensamento do filósofo Karl Marx.
De acordo com o pensamento liberal, todos os indivíduos são iguais por natureza e igualmente portadores de direitos naturais aos quais eles não podem, em hipótese alguma, abdicar, os direitos à liberdade e à propriedade, independente do governo.
Para os pensadores liberais existia a ideia de que a vida em sociedade não é o ambiente natural do homem, mas um artifício fundado em um contrato. Esse acordo realizado pela sociedade civil, no qual o Estado tem um poder de controle e regras sobre a sociedade, foi gerado para buscar entre outros objetivos a segurança, paz e conforto.
Esse contrato deveria, para o liberalismo, garantir a preservação da liberdade e da propriedade. Afinal, os homens teriam abdicado de utilizar a sua própria força física em favor do Estado justamente para que este garantisse a sua liberdade e propriedade, e não contra elas atentasse. Tal teoria de geração da vida em sociedade descrita pelos filósofos liberais não há evidências históricas sendo construída de forma dedutiva.
Inicialmente, liberalismo e democracia eram vistos como princípios inconciliáveis, pois a democracia, desde a Antiguidade tem como princípio do governo da maioria, que desconhece qualquer limite além da vontade desta. Então, se para o liberalismo o poder do Estado deve ser sempre limitado pelos direitos naturais, então existiria uma incompatibilidade fundamental entre os seus princípios e a prática democrática. Para evitar a tirania de um governo, os liberais recomendariam não só a restrição
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